Senhor Bom Jesus de Cuiabá
A imagem do Senhor Bom Jesus de Cuiabá é uma réplica do Senhor Bom Jesus de Canas Verdes, de Portugal. Foi reproduzida em São Paulo, na cidade de Sorocaba, por uma artesã de nome desconhecido, a pedido de uma família e com objetivo de proteger os bandeirantes durante suas viagens para Mato Grosso. Ela reflete o sofrimento do povo trabalhador nos canaviais que aqui existiam e contempla o Cristo sofredor.
Chegando na região de São Gonçalo Beira Rio, em 1719, é dado nome de Senhor Bom Jesus de Cuiabá. Ponto de chegada e marco zero das terras mato-grossenses, na região do Coxipó do Ouro, a primeira Vila que acolheu o Bom Jesus. Local onde escreveram a primeira ata da criação da cidade. Tomando conhecimento que os índios estavam mais calmos, retornaram e pararam onde hoje conhecemos como Avenida Fernando Correa da Costa, onde Pascoal Moreira Cabral pediu para seus comandados fossem em busca de frutos e mel silvestre, e retornaram com bolsos cheios de pepitas de ouro.
Motivados pelo ouro, resolveram subir o Rio Cuiabá até a região do Porto. Subindo pela região da prainha, beira rio, pararam onde hoje está localizada a Catedral e demarcaram a área com a imagem do Senhor Bom Jesus de Cuiabá.
A data do dia 8 de abril 1719, marca a ata de Fundação da cidade de Cuiabá e também a dedicação do padroeiro da cidade ao Senhor Bom Jesus de Cuiabá. O cultivo da fé ao padroeiro se deve ao chegarem com vida ao ponto almejado. A bandeira chegou em 1718 as marges do Rio Coxipó Mirim com os bandeirantes.
Em 8 de abril de 1719, Pascoal Moreira Cabral foi eleito Guarda-mor das minas, mas só recebeu o título em 1723. Em 1722 foi descoberto ouro em Cuiabá e surgindo assim a região do Coxipó (ouro em pó).
Minas do Senhor Bom Jesus de Cuiabá e mais tarde foi construída uma igreja dedicada ao Senhor Bom Jesus de Cuiabá. Estas terras tinham o mesmo governador.
A primeira missa na Catedral foi celebrada pelo Frei Pacífico dos Anjos. Na capitania de Mato Grosso, a capitania de Mato Grosso, comanda pelo padre João Justo de Santiago.
O Santo Fujão
A igreja que era construída de pau a pique e não tinha proteção. Por três vezes tentaram roubar a imagem do Senhor Bom Jesus e as famílias já o chamavam de Santo Fujão. A primeira vez ela foi encontrada na região do Porto, na segunda vez em uma residência, também na grande Cidade Alta, e devolveram para a igreja. Até que, na terceira oportunidade, um tal de Manoel Homem, que subtraiu algumas riquezas e também a imagem do Senhor Bom Jesus, e fugiu com ela para a região de Camapuã, hoje, há 225 légas distante de Cuiabá. Ali ele construiu um casebre e com fluência com o Rio Verde e Aguapé, hoje, Mato Grosso do Sul.
Com a polícia, a sua procura, Manoel Homem, abandona o local deixando também a imagem. Comerciantes em direção a São Paulo tentaram levar a imagem, mas não conseguiram. Mais tarde, outro viajante, em sentido a Cuiabá, conseguiu trazer a imagem até um lugar chamado Guarapiranga, próximo hoje a região de Barão de Melgaço, pois encontrou dificuldades em trazer até a região da cidade.
Durante o desaparecimento da imagem o povo do arraial fez orações e promessas, com a intenção de, se encontrassem, fariam uma casa digna para abrigar o Senhor Bom Jesus.O governo uma expedição de 25 homens, ocupando 3 canoas, para trazer a imagem do Senhor Bom Jesus. O povo fora a encontro da expedição e, junto, chegaram juntos até a região do São Gonçalo do Porto, em seguida, foram até a igreja matriz.
A imagem chegou em 1728, a imagem chegou de forma definitiva em Cuiabá. A igreja matriz, da Catedral, foi construída em taipa em 1739 a 1740. A Primeira torre foi feita com muita ajuda da população. 15/07/1826 foi elevada a Diocese.
Na chegada da imagem a pregação foi feita pelo Frei José Angola e durante 4 dias de comemoração foram feitas apresentações de duas comédias, banquetes e fogos. Os festejos foram custeados por famílias conceituadas e abastadas. No dia 5 de janeiro de 1969, na administração de Dom Orlando Chaves – SDB, publicou a dedicação da arquidiocese, e de todo estado de Mato Grosso, ao Senhor Bom Jesus de Cuiabá, em comemoração aos 250 anos da capital e proclamou 200 dias de indulgência plenária. A Arquidiocese de Cuiabá celebra todo dia 1 de janeiro, na Catedral de Cuiabá e também no dia do aniversário da capital, dia 08 de abril.
