Nosso sentimento não poderia ser outro, senão de felicidade pela eleição do novo sumo Pontífice. Estamos felizes com a chegada ao trono de Pedro o Papa Leão XIV (Robert Francis Prevost). Permanece forte na memória de toda a Igreja, a experiência de confiança em Deus e da oração que vivemos por ocasião do conclave e da escolha do sucessor do Apóstolo Pedro na soberania universal da Igreja Católica.
Acompanhamos atentamente todos os acontecimentos com olhar de fé e não com olhar dos analistas sociais e da mídia. A eleição de Leão XIV nos faz acreditar, que de fato, apesar de a Igreja ser humana e, por isso, pecadora, ela é também, divina, governada pelo Espírito Santo. Porque é divina é, também, santa e eterna. Vale lembrar sempre, que a Igreja não é uma Instituição originada da vontade humana, mas de Jesus Cristo, filho de Deus, o qual foi construindo o seu discipulado, tendo como cabeça o apóstolo Pedro.
Portanto, a Igreja Católica é fundada pelo Filho de Deus! A sentença do Divino Mestre: “Tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificarei minha Igreja” (Mt 16,15), vem nos lembrar que o Papado é uma Instituição de Direito Divino. O ministério Petrino (primado de Pedro), assim denominado pela tradição da Igreja, é, portanto, mandato divino e garante a unidade e comunhão na fé, na doutrina, nos sacramentos e na reta interpretação Bíblica.
Pedro foi desde o início, designado por Jesus para o ministério da síntese e do discernimento. Senão, vede: Pedro é o primeiro a entrar no Tumulo de Jesus (Jo 20,6); Pedro, que opera os maiores milagres (At.,3,1; 5,1-15; 9,40); Pedro que preside o Concílio de Jerusalém (ano 48) para solucionar a controvérsia em torno da circuncisão dos pagãos que se convertiam ao Cristianismo (At. 15,1..); Pedro, toma a iniciativa de substituir Judas (At. 1,15); Pedro, fala em nome dos Apóstolos no grande discurso aos Judeus no dia de Pentecoste(At.,2,14); Pedro, que avisado pelo céu, admite os primeiros pagãos na Igreja (At. 10,11).
Este ministério Petrino, a partir do dia 8 de maio de 2025, vem sendo exercido e perenizado pela figura do Papa Leão XIV, Pontífice que já exerceu seu ministério no continente Latino-americano (Peru). Certamente o Papa Leão XIV incorporará no seu magistério, um pouco do jeito latino de ser Igreja: alegria, calor humano, acolhimento, simplicidade, desprendimento e compromisso com a promoção da justiça social. A consciência social despertada na Igreja pelos Papas Leão XIII (Rerum Novarum-1891), João XXIII (Mater et Magistra, 1961, e Pacem in terris -1963) e a consciência de uma Igreja sinodal do Papa Francisco, certamente terão ecos no pontificado do Papa Leão XIV, o qual já vem encantando o mundo com sua simplicidade, alegria juvenil e presença midiática.
Vamos ouvir o que Espírito Santo quer falar à Igreja e ao mundo, através de Leão XIV. Cada Pontífice, com seu carisma, é uma palavra viva de Deus para o momento histórico que vivemos. É um novo Papa para um novo tempo! O Papa Leão, homenageando Leão XIII, com a escolha do nome, pode sinalizar um dos aspectos a ser acentuado no seu pontificado: compromisso com a doutrina social da Igreja na busca por justiça e dignidade humana no contexto da atual “revolução digital” e dos avanços da inteligência artificial, os quais trazem novos desafios para o mundo do trabalho.
Assim, a eleição do sucessor de Pedro significa para os discípulos de Cristo, de ontem e de hoje, um convite à fé na presença e atuação do Divino Pastor na sua Igreja. Elevemos a Deus nossas preces na certeza de que o Papa Leão XIV, há de contar, com a assistência da Divina providência em sua missão e a docilidade do rebanho.
Ao Papa Leão XIV nossa obediência na fé e aos ensinamentos que emanarão de seu magistério de supremo Pastor da Igreja Católica! E, com ele, queremos reafirmar com humildade, mas com coragem ao mesmo tempo, nossa fé na Igreja de Jesus Cristo: Uma, Santa, Católica e Apostólica. Ontem Pedro, hoje Leão XIV, sempre será Cristo! Rezemos para que o Papa Leão XIV tenha um fecundo e exitoso pontificado para o bem da Igreja e do mundo.
Pe. Deusdédit é sacerdote Diocesano e Cura da Catedral de Cuiabá