A Quaresma é um tempo especial de reflexão, conversão e preparação para a Páscoa. Nesse período, a Igreja convida os fiéis à reconciliação com Deus por meio do sacramento da confissão. Dom Mário Antonio da Silva, arcebispo de Cuiabá, destaca a importância desse momento e as etapas fundamentais para bem vivenciá-lo.
Preparação
“O tempo da Quaresma é um tempo convidativo para essa reconciliação com Deus. Para uma boa confissão, a preparação de cada fiel é essencial. Precisamos nos confessar com frequência, mas o exame de consciência é indispensável”, ressalta Dom Mário Antonio. Ele explica que esse exame permite identificar os pecados de maneira objetiva, confiando na misericórdia divina e no sigilo sacerdotal.
Etapas da Confissão
Antes de procurar o sacerdote, é necessário o arrependimento sincero. “Eu assumo minha responsabilidade pelo ato que cometi, diante de Deus, dos meus semelhantes e da minha própria dignidade. Se meu pecado prejudicou, contrariou ou ofendeu alguém, eu me coloco diante dessa culpa e reajo positivamente, buscando a reconciliação”, enfatiza o arcebispo.
Com o coração arrependido, o fiel deve ter um bom propósito: “Quero uma vida nova com a graça de Deus. Se fiz uso da mentira, que eu passe a falar a verdade. Com esse desejo sincero de conversão, relato meus pecados ao sacerdote. Ele me escuta, aconselha e orienta, pois a matéria da confissão é o pecado”, explica Dom Mário.
Penitência e Absolvição
O bispo também destaca a importância da penitência, que sinaliza a decisão de mudar de vida. “Quando o padre nos dá a absolvição, temos a certeza de que Deus perdoou os nossos pecados. É um momento reconfortador, que nos devolve a paz e a graça divina”, afirma.
A Igreja orienta que os fiéis se confessem ao menos uma vez ao ano, e que comunguem na Páscoa, conforme o mandamento de comungar pelo menos nesse período. “A confissão é um caminho de volta à graça, um reencontro com a misericórdia de Deus, que está sempre pronto a nos perdoar”, conclui Dom Mário Antonio.