
Em espírito de peregrinação jubilar e com o coração ardente de esperança missionária, membros da Diocese de Pádua, na Itália, acompanhados do padre Fernando Fiscon, estão percorrendo o Brasil em uma rota que honra a memória de missionários que deram a vida pelo Evangelho em solo brasileiro. Nesta semana, o grupo fez uma parada estratégica em Cuiabá, onde foi acolhido calorosamente pelo arcebispo metropolitano Dom Mário Antonio da Silva.
“Viemos como peregrinos da esperança em terra brasileira”, afirmou padre Fernando. “Desejamos conhecer e rezar nos lugares onde atuaram missionários da nossa diocese — alguns que ainda estão em missão, outros que foram martirizados.”
Cuiabá foi ponto de passagem importante no trajeto. “Tivemos a honra e alegria de encontrar Dom Mário Antonio, neste lugar onde, há alguns anos, ele exerce o seu ministério pastoral”, destacou o sacerdote.
Após a visita à capital mato-grossense, o grupo seguirá rumo a São Félix do Araguaia, onde visitarão o Santuário dos Missionários Mártires, encontrarão o novo bispo Dom Lucio Nicoletto — também da Diocese de Pádua — e conhecerão algumas lideranças locais e aldeias indígenas.


A peregrinação segue para Brasília e, posteriormente, para Roraima, onde atualmente atuam cinco missionários italianos. Em Manaus, os peregrinos também farão memória ao padre Rogério Ruvoletto, assassinado em 2009 na casa paroquial de Santa Etelvina, na periferia da capital amazonense.
O percurso se encerrará no Rio de Janeiro, mais precisamente em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, onde os padres de Pádua mantiveram presença missionária por muitos anos. “Eu mesmo trabalhei lá por 12 anos, na década de 90”, contou emocionado o sacerdote.


A peregrinação também passou por Cacoal (RO), na Diocese de Ji-Paraná, onde o grupo participou de uma celebração pelos 40 anos do martírio do padre Ezequiel Ramin, missionário comboniano assassinado em 1985. “Foi um momento muito forte, emocionante e motivador. Reforçou em nós o desejo de sermos discípulos missionários nesta Igreja em saída”, concluiu.
Para Dom Mário, Arcebispo de Cuiabá, essa missão renova o compromisso de missionariedade da Igreja no Brasil, para caminhar em sinodalidade, conforme o desejo do coração do Papa Francisco, quando nos presenteou com o Ano Jubilar da Encarnação.